Dívida gira em torno de R$ 1 milhão e meio com o Governo Federal
Uma dívida de cerca de R$ 1 milhão e meio mensais com o Governo Federal resultou no bloqueio das contas bancárias da Santa Casa de Misericórdia de Campos. Tal fato afetou diretamente os funcionários do hospital, que estão com os salários do mês de março atrasados.
A situação tende a se agravar ao levar em consideração que a dívida completa da Santa Casa com o Governo Federal é superior a R$ 70 milhões. Sendo assim, caso não haja um acordo entre as partes, todo mês terá o bloqueio de contas de cerca de R$ 1 milhão e meio.
O Manchete RJ apurou que a dívida é de INSS de funcionário retido e não repassado, IRPJ retido na fonte e não pago, entre outros motivos. Levando em consideração os empréstimos, a dívida total do hospital ultrapassa os R$ 100 milhões.
Conforme apurado pela reportagem do Manchete RJ, o bloqueio das contas ocorreu após o retorno de Manoel Corraes e Cléber Glória à direção do hospital. A gestão anterior, responsável pela Santa Casa, estava negociando as dívidas e tinha conseguido suspender os bloqueios. Todavia, após a troca da mesa diretora, as negociações foram interrompidas e o bloqueio foi efetivado.
Um funcionário do hospital, que preferiu não se identificar, alegou à reportagem que o salário do mês de março deveria ser pago no início do mês de abril, o que não aconteceu.
“A gente estava recebendo certo. Após a mudança de direção, veio esse primeiro atraso. A gestão do hospital fez uma reunião com funcionários para alegar que as contas estão bloqueadas. Mas até esse desbloqueio acontecer não temos previsão. Muitas pessoas já estão ficando sem dinheiro para passagens”, lamentou.
Vale ressaltar que no início do mês, o Manchete RJ publicou uma matéria informando que funcionários da Santa Casa estavam articulando uma manifestação contra o retorno da atual direção do hospital.
Os trabalhadores ficaram revoltados com o retorno, tendo em vista que a relação com o diretor técnico, Cléber Glória, não era das melhores. Houve até ameaças, por parte dos funcionários, de irem ao Ministério Público do Trabalho para denunciá-lo por assédio moral.